B&C Produções Artísticas
Limítrofe
“Limítrofe” é um espetáculo teatral enquadrado na categoria “Drama” que visa apresentar e explorar o universo da patologia conhecida como Transtorno de Personalidade Borderline (TPB), bem como nova linguagem dramatúrgica pesquisada e desenvolvida por autor brasileiro já publicado e atual membro de Academia de Letras.
APRESENTAÇÃO
“Limítrofe” é um espetáculo teatral enquadrado na categoria “Drama” que visa apresentar e explorar o universo da patologia conhecida como Transtorno de Personalidade Borderline (TPB), bem como nova linguagem dramatúrgica pesquisada e desenvolvida por autor brasileiro já publicado e atual membro de Academia de Letras. O espetáculo aborda questões da psicologia moderna explorando o universo do fenômeno dos humores instáveis que seguem em curso imprevisível.
OBJETIVOS
“Limítrofe” visa discutir, dentro do universo artístico, o Transtorno de Personalidade Borderline (TPB). Borderline significa “fronteira” ou “limite” em inglês, também chamado de “transtorno de personalidade emocionalmente instável, tipo bordeline” no CID-10 (Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados com a Saúde).
Essa é, portanto, uma patologia que caracteriza um transtorno de personalidade no qual há uma tendência marcante a agir impulsivamente e sem consideração das consequências,juntamente com acentuada instabilidade afetiva. O padrão está presente no início da idade adulta e ocorre em uma variedade de situações e contextos.
Outros sintomas podem incluir um intenso medo de abandono e intensas raiva e irritabilidade que outros têm dificuldade em compreender a razão. As pessoas com TPL ou TPB muitas vezes se envolvem da idealização e desvalorização de outros, alternando entre uma alta consideração positiva ou uma grande decepção. Automutilação e comportamento suicida são comuns.
Há uma preocupação geral relacionada ao diagnóstico de TPB que cria estigmas apoiando práticas discriminatórias, porque sugere que a personalidade do indivíduo é falha. A prevalência do TPB foi inicialmente estimada em 1 a 2% da população em geral e ocorre três vezes mais frequentemente em mulheres do que em homens.
No entanto, a prevalência de TPB em um estudo de 2008 verificou-se ser de 5,9% da população geral, ocorrendo em 5,6% dos homens e 6,2% das mulheres. A diferença nas taxas entre homens e mulheres neste caso (assim como no espetáculo) não é considerada estatisticamente diferente. É estimado que o Transtorno de Personalidade Borderline contribua em 20% das internações psiquiátricas e ocorra entre 10 % dos pacientes ambulatoriais.
O que o espetáculo busca é discutir a importância do conhecimento dessa patologia moderna e encontrada frequentemente nos mais diversos círculos de convivências sociais. Em tempos onde a violência psicológica é cada vez mais frequente, onde nem tudo acontece do modo que a gente quer e onde todos devem ter, cada vez mais, equilibrio psicológico para lidar com as mais diversas formas de ver determinada questão, nada mais coerente que discutir e levar ao conhecimento do expectador, o que provocaria ou desencadearia o descontrole dos equilibrios emocionais, o descuido com a saúde mental do cidadão.
Ao trazer à luz tal questão e ao colocar em cena a discussão sobre a patologia, o espetáculo estará, por fim, contribuindo para a construção de uma nova realidade a cerca do conhecimento e identificação das características bases da doença, que podem ajudar na busca por um diagnóstico médico mais preciso e especializado, tanto para o público assíduo e frequentador das salas de teatro, quanto para os novos expectadores ainda em formação.
JUSTIFICATIVA
Quem de nós nunca “tropeçou” em alguém cujo desequilíbrio emocional e psicológico nãos nos fez estranhar seu modo de agir diante da vida ou de algumas situações? A regularidade desse descontrole emocional ou a anormal e intensa sensibilidade nos relacionamentos com os outros, dificuldade de regular emoções, impulsividade, insegurança quanto a própria identidade, valores pessoais, pensamentos paranoicos quando o indivíduo se sente estressado ou grave dissociação da realidade pode ser “Borderline”.
Normalmente a patologia pode ser confundida com distúrbio de caráter e é preciso que seja diagnosticada previamente, afim de que possa ser tratada coerentemente, evitando assim consequências de maior gravidade, como o suicídio, por exemplo.
Não é dado novo que o suicídio foi considerado o mal do século passado. Entretanto, entramos no século XXI, tendo o estresse como tema geral de discussões. Este, em níveis recorrentes e descontrolados, pode desenvolver, entre outras patologias, doenças que tem como pelo menos uma de suas características principais tendencias suicidas.
Um levantamento realizado pela Associação Internacional do Controle do Estresse, ISMA (International Stress Management Association), revelou que o Brasil é o segundo país do mundo com níveis de estresse altíssimos.
Pelo menos três em cada sete trabalhadores sofrem a Síndrome de Burnout, por exemplo, e não sabem. Sua causa como doença, porém, está relacionada aos estímulos externos e à pressão a qual uma pessoa é submetida no trabalho ou no convívio social.
O excesso de estresse, segundo a mesma fonte, pode levar a muitos problemas de saúde, como pressão alta, gastrite, cólon irritável, depressão, pânico, alcoolismo e muitas outras doenças. Também já foi associado a um maior risco de se desenvolver câncer, doenças autoimunes, asma, fibromialgia, fadiga crônica, doenças cardíacas, dermatológicas e baixa imunidade; podendo estimular, ainda, o desenvolvimento da síndrome de Burnout, distúrbio psíquico de caráter depressivo, ainda pouco conhecido pela população.
De acordo com o Psicólogo Herbert J. Freudenberger, a Síndrome de Burnout é “um estado de esgotamento físico e mental cuja causa está intimamente ligada à vida profissional”. Dr. Herbert foi quem primeiro utilizou o termo a partir de observações de um quadro identificado em jovens trabalhadores de uma clínica de dependentes de substâncias químicas na cidade de Nova York, Estados Unidos. As desregularizações contínuas de emoções com outras características associadas a essas ou não, podem desenvolver pacientes de Borderline.
A observância da distinção entre reações justas e descontroladas é necessária para que não se confunda meras reações justas com características de indivíduos dotados de meros problemas de caráter ou pacientes de Burnout e/ou portadores do Transtorno de Personalidade Borderline.
Numa era onde somos cada vez mais pressionados pelos mecanismos sociais e na realidade de um Brasil “estressado”, a montagem desse espetáculo sai da esfera de uma simples encenação para entrar na emenda de uma necessidade informativa sobre a saúde mental pública inserida no contexto do nosso convívio social.
SINOPSE
Uma Bailarina tenta se suicidar do telhado de um prédio de vinte andares quando tem o procedimento interrompido pela chegada de Paschoal, um Ator de Televisão que irrompe a entrada do local com o mesmo objetivo. Desenvolvendo um papo analítico, desconfiado e investigador, questionam as razões que os fizeram chegar até a decisão de suicídio. No ápice de uma calorosa discussão, resolvem então pularem juntos, quando são mais uma vez interrompidos. Mas, desta vez, pela chegada de uma Escritora que mudará o curso da estória.
PÚBLICO ALVO
O espetáculo atinge as camadas A, B, C, D e E da população. Está direcionado aos espectadores com idade maior que 14 anos. Pretende alcançar desde as camadas mais baixas da periferia e estudantes universitários ao assíduo frequentador das salas de teatro.
PROJEÇÃO DE IMPACTO DE MARCA
20.000
Expectativa de público pagante
150.000
Alcance de impulsionamento e divugação em mídias sociais
170.000
Pessoas atingidas